Vendas no varejo crescem 6,7% em 2011

iG São Paulo

Em dezembro, setor teve expansão de 0,3%, no quarto mês seguido de taxas positivas em volume de vendas

As vendas no varejo fecharam 2011 com um crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2010, as vendas cresceram 10,9%. Em dezembro, o setor varejista teve expansão de 0,3%, no quarto mês seguido de taxas positivas em volume de vendas. A receita nominal avançou 0,3%, o que fez o setor completar 38 meses de alta nesse quesito.

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As projeções médias de analistas do mercado apontavam para uma expansão de 0,05% na comparação com novembro e avanço anual de 6,30%. O dado de novembro ante outubro foi revisado para baixo, mostrando alta de 1,2%, ante um avanço de 1,3% que havia sido reportado inicialmente.

O crescimento de dezembro foi impulsionado pelas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que avançaram 6,9% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, a expansão do segmento foi bem mais expressiva: 34,8%. Já o setor de livros, jornais, revistas e papelarias foi na direção contrária, ao recuar 5,3% em relação a novembro. Esse segmento também registrou o maior recuo anual nas vendas: 2,3%.

Desempenho do varejo

Evolução mensal do volume de vendas e da receita nominal, com ajuste sazonal

Gerando gráfico…
Fonte: IBGE

 

As vendas de veículos e motos cresceram 3,3% em dezembro em relação ao mês anterior, mas recuaram 0,7% na comparação anual, enquanto as de material de construção registraram alta de 1,3% no último mês de 2011 e de 5,1% na comparação anual.

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A atividade de móveis e eletrodomésticos avançou 16,6% em relação ao ano anterior, exercendo o maior impacto da taxa anual do varejo, de 45,6%. Segundo o IBGE, o desempenho foi decorrente da manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, assim como da redução dos preços, principalmente de eletrodomésticos. 

Varejo ampliado

De acordo com o IBGE, para o segmento do comércio varejista ampliado, composto do varejo mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, as variações observadas em dezembro na comparação com novembro de 2011, com ajustamento sazonal, foram de 1,6% para o volume e de 1,2% na receita nominal de vendas. Já para os indicadores sem ajustamento, as variações ocorridas foram as seguintes: 4,3% na comparação com dezembro de 2010 e 6,6% no acumulado do ano para o volume de vendas, e de 6,4% e 9,4% para a receita nominal, respectivamente.

Ainda de acordo  com a pesquisa do IBGE, os resultados com ajuste sazonal para o volume de vendas apontam, na comparação com o mês anterior, 17 Estados com variações positivas, 8 com queda e 2 com resultados estáveis.

Os Estados onde ocorreram os melhores resultados foram o Acre (8,7%), Tocantins (7,25), Amapá (1,9%) e em Goiás (1,7%). Já as principais quedas foram verificadas no Piauí (-7,8%), Amazonas (-1,6%) e Sergipe (-1,4%).

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As unidades onde não ocorreram variações foram São Paulo e Santa Catarina. Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques foram: São Paulo (6,4%); Minas Gerais (10,4%); Paraná (12,8%); Rio Grande do Sul (7%); Santa Catarina (10,3%) e Rio de Janeiro (2,8%)

Em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas mensais de desempenho no volume de vendas ocorreram em Tocantins (26,9%), Roraima (13,7%), Mato Grosso (11,2%), Paraná (10,3%) e na Paraíba (10%). Em termos de impacto no resultado global do setor, os destaques foram São Paulo (4,7%); Paraná (10,3%); Minas Gerais (4,8%); Rio Grande do Sul (4,7%); Santa Catarina (4,2%) e Mato Grosso (11,2%).

Nenhum Estado registrou variação negativa para o resultado acumulado do ano de 2011. Os maiores acréscimos no volume de venda do varejo ocorreram em Tocantins (25,2%), Paraíba (14,2%), Rondônia (10,6%), Roraima (10,6%) e Minas Gerais (10,0%).

Para o varejo ampliado, as maiores taxas anuais foram de 22,2% para Tocantins, 15% para o Espírito Santo, 10% para a Paraíba, 9,6% para o Maranhão e 9,5% para Roraima. A única variação negativa apresentada foi no Amapá (-4,6%) e em Sergipe a variação foi nula.