Randon S.A anuncia resultados do primeiro semestre de 2012

Após um primeiro trimestre de 2012 negativamente impactado pelos efeitos da antecipação da produção de caminhões verificada em 2011; pelas quebras nas safras de grãos e de cana-de-açúcar, no Sul e Sudeste do Brasil, respectivamente; e, ainda, pela sazonalidade típica do período; os mercados de atuação da Randon S.A Implementos e Participações foram também afetados pelas incertezas do cenário macroeconômico e seus reflexos na economia brasileira. Resultado disto, a Companhia apurou uma Receita Bruta Total no primeiro semestre de 2012, antes da consolidação, de R$ 2,5 bilhões, 20,2% de queda em relação ao 1S11 e uma Receita Líquida Consolidada 1S12 de R$ 1,6 bilhão, 21,1% menor em relação ao primeiro semestre de 2011 resultando em R$ 14,1 milhões de lucro líquido consolidado no 1S12, com Margem Líquida de 0,9%.

A retomada mais lenta do mercado norte-americano, cumulada com a persistente crise que paralisa a economia da União Européia, contaminou as expectativas de evolução do mercado interno brasileiro. Maior seletividade no crédito por parte dos bancos de um lado, e maior endividamento das famílias e empresas de outro, minaram os benefícios imediatos das múltiplas quedas da taxa de juros básica nacional e dos incentivos governamentais implementados, contextualiza o diretor corporativo e de relações com investidores, Astor Milton Schmitt.

A queda de 39,8% na produção e de 15,1% nas vendas de caminhões no primeiro semestre deste ano em relação a igual período de 2011, e consequentemente de autopeças e de veículos rebocados para o mercado brasileiro, relacionada à baixa demanda, somada a não-produção de vagões ferroviários, gerou ociosidade da capacidade fabril, afetou o desempenho da empresa, que fez paradas programadas no segmento de veículos rebocados, suprimiu turnos em algumas de suas empresas do segmento de autopeças e adequou a disposição de mão-de-obra pela não reposição do turn-over regular dos negócios.

O segundo trimestre
A Randon S.A. Implementos e Participações encerrou o 2T12 com um prejuízo líquido consolidado de R$ 4,7 milhões ou 105,3% menor se comparado ao mesmo período de 2011. A empresa obteve receita líquida consolidada de R$ 884,0 milhões no trimestre, 19,5% menor que aquela do segundo trimestre de 2011. A receita bruta total, incluindo as vendas entre empresas, somou R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre de 2012 ou 18,3% de queda em relação ao mesmo período de 2011. O EBITDA consolidado atingiu R$ 66,8 milhões no segundo trimestre de 2012 e margem EBITDA de 7,6%, representando uma queda de 7,9 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2011.

Exportações – As vendas consolidadas para o exterior no 2T12 totalizaram US$ 71,2 milhões ou variação de -0,1%, mantendo praticamente o mesmo valor do trimestre de 2011. As exportações das Empresas Randon representaram 14,5% da receita líquida consolidada do 1S12 contra 10,4% no mesmo período de 2011.

A Companhia se mantém confiante de que seus mercados internacionais tradicionais – NAFTA, América do Sul e Central, e África – permanecem aquecidos e devem continuar mostrando um desempenho mais resistente que o mercado doméstico. Da mesma forma, se mantida, a cotação atual do dólar norte-americano, favorece a competitividade de seus produtos e estimula novos pedidos.

Os impactos excepcionais verificados no 2T12 tendem a gerar efeitos positivos para o 2S12, considerando a normalização dos financiamentos incentivados e o aumento das exportações.
Vagões Ferroviários – Apesar da queda no faturamento de vagões ferroviários, a Companhia mantém uma carteira de pedidos, que devem ser fabricados ao longo do 2S12.

Veículos Especiais – De forma contrária aos demais segmentos da Companhia, a área Veículos Especiais manteve níveis elevados de produção no 1S12, sustentados por investimentos públicos e privados como os realizados através do PAC 2, “Minha Casa, Minha Vida”, saneamento e obras direcionadas à geração de energia e a eventos esportivos, como Copa do Mundo e Olimpíadas.

As perspectivas para o 2S12 continuam positivas em razão da continuidade dos investimento e graças ao anúncio, em 27/06/12, por parte do Governo Federal, da licitação de 3.500 retroescavadeiras.

Autopeças – Adicionalmente ao efeito EURO V, a divisão de Autopeças, fortemente exposta à produção de veículos novos, também foi impactada ao longo do 1S12 pelo menor crescimento da economia brasileira. As quedas na produção e nas vendas de caminhões no semestre demonstram o impacto compartilhado dos dois eventos e, mesmo com um reaquecimento no 2S12, devem redundar em um ano de queda expressiva na produção desses veículos.

No mesmo pacote anunciado em 27/06/12, relativo à aquisição de retroescavadeiras, o Governo Federal também anunciou licitação para a compra de 8.000 caminhões, medida essa que deve contribuir para a retomada do mercado no 2S12 a níveis de produção mais próximos da regularidade.