Fogaça explica relação com o número 72. Um dos maiores nomes do automobilismo brasileiro, piloto de Sorocaba começou a carreira usando o número 59, mas adotou a nova marca depois de uma inusitada relação matemática

Um dos grandes nomes do automobilismo brasileiro estará de volta ao cockpit, ou melhor, à cabine de um Fórmula Truck neste próximo fim de semana. A oitava etapa do campeonato brasileiro da categoria, que será disputada no Autódromo Internacional de Guaporé, na Serra Gaúcha, será marcada pela reestreia de Djalma Fogaça na categoria. Décimo maior vencedor da história da Fórmula Truck, Fogaça acumulará as funções de chefe da equipe Ford Racing Trucks / 72 Sports e de piloto do Ford Cargo #72 – exatamente como fez até 2009.

O sorocabano chega confiante à Guaporé. O bom retrospecto no circuito da Serra Gaúcha anima Fogaça, já que, de suas sete vitórias na Fórmula Truck, duas foram conquistadas naquela pista.

“Eu vinha planejando voltar a guiar já havia algum tempo. A ideia inicial era retornar no início da próxima temporada, mas decidi fazer as três últimas corrida de 2012 para encurtar meu tempo de readaptação. Ter a oportunidade de fazer minha reestreia em Guaporé é fascinante. Foi ali que conquistei minha primeira vitória na Truck e, sem dúvida, vai ser muito especial voltar exatamente nessa pista”, contou Djalma.

Fogaça entrará no circuito gaúcho a bordo do Ford Cargo com o lendário número 72. Através de décadas dedicadas ao automobilismo, o piloto utilizou este número, fazendo história nos circuitos brasileiros em diversas categorias.

“Usava o número 59 no início de minha carreira. Na época em que fui para a Fórmula Ford, a equipe utilizava os números 71 e 72 e fui obrigado a mudar. Mas foi ali que percebi que havia uma ligação entre 59 e 72. Se você pegar o 72 e separar as unidades, fazendo uma subtração de 7 menos 2, encontrará o 5; e se somar o 7 com o 2, chegará a 9. Por isso, mudei do 59 para o 72. Hoje, não me vejo competindo com outro número que não seja o 72”, explicou.

Com o 72 pintado no Ford Cargo, Fogaça entrará na cabine com uma nova pintura em seu capacete. “Na década de 1980, usava as cores verde, azul e amarela no meu capacete. Como vou completar 50 anos em 2013, decidi competir com um desenho que mantém as cores verde e azul, mas substitui a amarela pela dourada, como forma de celebração”, revelou.

Djalma Fogaça estreou na Fórmula Truck na segunda etapa da temporada de 1997. Foi terceiro colocado na classificação final nos campeonatos de 2000 e 2003. O piloto pendurou seu capacete no final de 2009, e desde então comanda a equipe Ford Racing Trucks / 72 Sports. O time também tem como pilotos os paulistas Danilo Dirani e Pedro Gomes.

Djalma Fogaça detém um recorde na categoria. Em 2005, venceu as três primeiras corridas do campeonato. Até hoje, nenhum piloto repetiu este feito na F-Truck. Além disto, Fogaça é o décimo maior vencedor da história do campeonato de caminhões no Brasil. Veja o retrospecto do piloto:

Vitórias (7)
Guaporé (1997), Goiânia (2000), Goiânia (2003), Guaporé (2003), Cascavel (2003), Tarumã (2004), Tarumã (2006).

Pole Positions (11)
Goiânia (1997), Caruaru (1998), Goiânia (2000), Cascavel (2000), Guaporé (2001), Londrina (2001), Goiânia (2003), Guaporé (2003), Cascavel (2003), Guaporé (2005), Tarumã (2005).

Carreira vitoriosa – Fora da F-Truck, Djalma Fogaça também construiu uma carreira vitoriosa nas pistas brasileiras e europeias. Em 1982, começou no kart e, logo depois, passou ao Campeonato Brasileiro de Marcas. Dois anos depois, em 1984, fez sua estreia em uma categoria de monoposto: a Fórmula Fiat.

O sorocabano estreou na Fórmula Ford em 1985 e tornou-se vice-campeão paulista da categoria no ano seguinte. Em 1988, derrotou Christian Fittipaldi e conquistou o título brasileiro da categoria.

Ainda na F-Ford, foi campeão em 1989 do Troféu Chico Landi, competição paralela ao campeonato brasileiro que contava pontos somente nas etapas de rua do calendário da categoria (Vitória, Foz do Iguaçu e Florianópolis).

Em 1990 Djalma Fogaça estreou na Fórmula 3 Sul-Americana. No ano seguinte, de malas prontas para a Europa, competiu na Fórmula Opel e terminou a competição em quinto lugar.

De volta ao Brasil, em 1992, tornou-se o primeiro campeão da Fórmula Chevrolet. Dois anos depois, estreou na Stock Car, sendo apontado como piloto revelação da temporada de 1994. Em 1997, trocou a Stock Car pela Fórmula Truck.