Dólar sobe com força e chega a R$ 3,88 nesta segunda-feira

Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,42%, vendida a R$ 3,8216.

” wp-image-21454 alignright” src=”https://www.truckbrasil.com.br/wp/wp-content/uploads/2018/11/dolar-sobe-com-forca-e-chega-a-r-388-nesta-segunda-feira.jpg” alt=”” width=”325″ height=”264″ srcset=”https://www.truckbrasil.com.br/wp/wp-content/uploads/2018/11/dolar-sobe-com-forca-e-chega-a-r-388-nesta-segunda-feira.jpg 300w, http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385-768×623.jpg 768w, http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385-1024×830.jpg 1024w, http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385.jpg 1180w” sizes=”(max-width: 325px) 100vw, 325px”/>O dólar opera em alta nesta segunda-feira (26), pela quinta sessão seguida, próximo do patamar de R$ 3,90, com um movimento de fortalecimento do dólar ante moedas de países emergentes. Os investidores também monitoram o cenário político local e a formação do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Às 13h09, a moeda norte-americana subia 1,62%, vendida a R$ 3,8835.

Cenário internacional

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas, com destaque para a alta do euro após acordo entre União Europeia e Reino Unido para o Brexit e sinais da Itália de que poderia mudar sua meta orçamentária para 2019. Mas ante as moedas emergentes, o dólar subia com vigor ante o peso mexicano e chileno.

Para o diretor da consultoria de valores mobiliários Wagner Investimentos, José Faria Júnior, no final do ano é natural haver saída de recursos do país, com empresas remetendo recursos a suas matrizes, o que acaba por pressionar as cotações da moeda.

“Ao ultrapassar os R$ 3,85, o dólar pode facilmente tentar buscar os R$ 3,90”, explicou Faria Júnior à Reuters ao acrescentar que a agenda carregada nesta e na próxima semana, sobretudo nos EUA, pode ajudar a pressionar o câmbio local.

O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) divulgará na quinta-feira a ata de seu último encontro de política monetária. No final da semana, os presidentes norte-americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping, devem se reunir na cúpula do G20, com expectativa de que possa ser costurado um acordo que dê fim à guerra comercial dos dois países.

A expectativa sobre a trajetória dos juros pelo Fed tem permeado os negócios, com os temores de enfraquecimento da economia global reforçando a leitura de que o Fed poderia ser mais suave nos aumentos da taxa. A expectativa, por ora, é de mais cinco aumentos até o início de 2020, sendo dezembro o quarto deste ano.

Com o juro mais alto nos EUA e estável no Brasil – a pesquisa Focus desta segunda-feira trouxe perspectiva menor para a alta da Selic em 2019 –, o diferencial de juros entre os países também ajuda a sustentar a trajetória de alta da moeda ante o real.

Cenário interno

Internamente, a movimentação política do governo eleito, que trabalha para anunciar os últimos nomes de sua equipe até o final da semana, deve seguir de pano de fundo e traz alguma cautela aos agentes.

O Banco Central vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou 10,2 bilhões de dólares do total de US$ 12,217 bilhõesque vence em dezembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Sessão anterior

O dólar fechou em alta na sexta-feira (23), pela quarta sessão seguida. A moeda norte-americana subiu 0,42%, vendida a R$ 3,8216 em meio à continuidade das preocupações com a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Na semana, o dólar subiu 2,26%.