Joaquim Levy é sondado para presidir o BNDES

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Levy comandou a pasta da Fazenda no primeiro ano da segunda gestão de Dilma Rousseff, quando iniciou a redução dos subsídios concedidos nos créditos do BNDES, inchados por cerca de R$ 500 bilhões de empréstimos do Tesouro Nacional para financiar, sobretudo, o PSI (Programa de Sustentação dos Investimentos). Ainda na transição de governo, em 2014, Levy aumentou a TJLP, juros cobrados nos financiamentos do BNDES, e que estavam bem abaixo da taxa Selic, configurando uma conta de subsídios pesada.

Em 2015, o BNDES devolveu R$ 30 bilhões ao Tesouro. Nos anos seguintes, já com Henrique Meirelles na pasta da Fazenda, a devolução foi acelerada e crucial para o cumprimento da regra de ouro da política fiscal, que proíbe que as operações de crédito da União superem as despesas de capital. O BNDES tem, hoje, uma programação para a devolução antecipada dos R$ 250 bilhoes que ainda faltam.

Ao participar na semana passada de um painel no Conselho das Américas, em Washington, Levy, que é diretor financeiro do Banco Mundial, falou dos desafios, em várias frentes, do governo Bolsonaro, tais como reformar a Previdência Social e privatizar estatais — “de maneira profissional, com melhor marco legal”. Segundo ele, a arquitetura geral é clara, “sabemos o que se deve fazer” e, para isso, é preciso “vontade política e um pouco de coragem”.

Levy salientou, ainda, que o novo governo está aberto aos investimentos privados, mas esses devem ser feitos com transparência para evitar os problemas e escândalos dos últimos anos, quando várias empresas se envolveram em casos de corrupção. “A economia está fraca porque não há investimentos”, disse.

A expectativa é de que nesta semana sejam definidos os nomes para vários cargos importantes para a politica econômica, a começar pelo Banco Central. O presidente do BC, Ilan Goldfajn, chegou de uma viagem a Israel e decidirá se permanece no cargo. Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC e sócio da Mauá Capital, foi sondado para a presidência do Banco do Brasil, mas não incentivou a equipe de Bolsonaro a concretizar um convite.

No Ministério da Fazenda há cargos como o da secretaria do Tesouro Nacional e da secretaria executiva, onde atualmente estão Mansueto de Almeida e Ana Paula Vescovi, que podem ser convidados a permanecer. Até agora o único que foi convidado para ficar foi Waldery Rodrigues, da equipe de Marcos Mendes, na Assessoria Especial do ministro.

Fonte: Valor Econômico
Data: 04/11/2018