Vice de Dória promete Monotrilho da Linha 17 até 2020

A se confirmar o que disse o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, o Monotrilho da Linha 17-Ouro estará funcionando até o final de 2020.

A afirmação foi feita em uma entrevista à rádio Jovem Pan na manhã desta terça-feira, dia 15 de janeiro de 2019. O vice-governador e secretário de governo referiu-se ao cronograma acertado com a concessionária que venceu a licitação.

Segundo Rodrigo Garcia, o monotrilho foi objeto de concessão no governo Alckmin, “e quem levou a Linha 5 tem compromisso de concluí-lo. Então até o final de 2020 podemos ter o Monotrilho funcionando“.

As obras do Monotrilho da Linha 17-Ouro, em São Paulo, estão sob responsabilidade do Consórcio Monotrilho Integração, formado pelas empresas CR Almeida, Andrade Gutierrez, Scomi e MPE. O grupo é responsável pela implantação de itens como vias, portas de plataformas, sistemas de sinalização, material rodante e CCO – Centro de Controle Operacional do trecho que vai das estações Jardim Aeroporto a Morumbi.

As obras estavam previstas para terminar em 2014, ano da Copa do Mundo, mas prosseguem até hoje.

Rodrigo falou das obras paradas no Estado, cerca de 175, dentro as quais, no setor de transportes, estão o Monotrilho, a linha 6 do Metrô, corredores de ônibus, e o trecho Norte do Rodoanel. “A prioridade é retomar as obras”, afirmou ele.

TREM INTERCIDADES

Rodrigo Garcia falou também do Trem Intercidades, ligação de trem entre São Paulo e Campinas.

Segundo ele, o governador João Doria determinou que nos primeiros seis meses deverão ser envidados todos os esforços para realizar a concessão. Relembre: Cronograma para Trem Intercidades, no estado de São Paulo, deve ficar pronto até fevereiro

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HISTÓRICO

A linha 17 Ouro do monotrilho deveria ter 17,7 quilômetros de extensão, com 18 estações entre Jabaquara, Aeroporto de Congonhas e região do Estádio do Morumbi. O valor orçado em junho de 2010 era de R$ 2,64 bilhões, sem valores futuros referente aos reajustes contratuais, aditivos e novas contratações necessárias para implantação dos empreendimentos.

O custo então passou para R$ 3,17 bilhões – cifra que não inclui as estações previstas no primeiro trecho, com extensão de 7,7 quilômetros.

Em junho de 2018, o valor para conclusão das obras foi projetado em R$ 3.74 bilhões, com previsão para a entrega de oito estações até dezembro de 2019, o que pode ser reformulado com a eventual saída da Scomi.

O monotrilho não deve num primeiro momento servir as regiões mais periféricas. Assim, os trechos entre Jabaquara e a Aeroporto de Congonhas e entre depois da Marginal do Rio Pinheiros até a região do Estádio São Paulo-Morumbi, passando por Paraisópolis, estão com as obras congeladas.

Com este congelamento, não haverá as conexões prometidas com a linha 4 Amarela do Metrô na futura estação São Paulo – Morumbi, e nem com estação Jabaquara e da Linha 1 Azul do Metrô e Terminal Metropolitano de Ônibus e Trólebus Jabaquara, do Corredor ABD. Segundo o site do próprio Metrô, quando estiver totalmente pronto, este sistema de monotrilho atenderá 417,5 mil passageiros por dia.

LAVA JATO

As empresas Andrade Gutierrez e CR Almeida foram envolvidas na Operação Lava Jato e atualmente enfrentam dificuldades financeiras. As duas entraram na Justiça para questionar uma dívida de R$ 11 milhões do Metrô.

O consórcio, que chegou a paralisar as obras, teve que retomá-las em agosto, após presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Manoel Queiroz Pereira Calças, determinar a retomada.

TRENS:

Um dos problemas sobre a linha 17 foi a sinalização da empresa da Malásia, Scomi, em abandonar o consórcio por problemas financeiros. A empresa assinou contrato com o Metrô de São Paulo em 2013. Pelo contrato, deveria produzir 14 monotrilhos de cinco carros, mas até hoje nenhuma composição foi entregue devido o atraso na linha.

Quando a sinalização da empresa se tornou pública, o Metrô disse que a situação seria resolvida até o fim de novembro.

O impasse ainda não foi resolvido, mas o Diário do Transporte apurou que ao fornecimento de trens para a linha despertou o interesse de outras empresas de segmentos ferroviários e de ônibus elétricos, mas ainda as negociações estão em curso.

Fonte: Diário do Transporte

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