Contêineres da Libra devem dar espaço à celulose em Santos

Os problemas que o grupo Libra enfrenta no seu terminal de contêineres no porto de Santos podem se transformar em oportunidades para os produtores de celulose. A Autoridade Portuária de Santos já está negociando com a Suzano e a Eldorado o uso da atual área da Libra Terminais para escoamento da celulose produzida em Três Lagoas (MS). Caso as negociações avancem, Santos terá condições de exportar 100% da celulose produzida no Mato Grosso do Sul, cerca de 7 milhões de toneladas por ano. Parte da produção hoje é enviada ao exterior pelos portos de Paranaguá (PR) e São Francisco do Sul (SC).

Na semana passada, o grupo Libra comunicou que os armadores que utilizam o terminal vão encerrar os contratos durante este mês de abril. Isso vai obrigar o grupo a reestruturar as atividades na área. Segundo a empresa, a insegurança jurídica criada pela decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de anular a prorrogação do contrato de concessão até 2035, mantendo o prazo final em maio de 2020, afastou os armadores do seu terminal. Sem carga, a saída é manter as atividades como recinto alfandegado, prestando serviço para terceiros. O terminal da DP World, também em Santos, vai assumir toda a carga que está deixando a Libra. O porto tem mais dois terminais de contêineres: Santos Brasil e BTP.

Apesar de Santos não perder a carga, a preocupação é com os empregos no terminal da Libra. Presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Casemiro Tércio Carvalho diz que a direção do porto já vinha monitorando a situação e estudando alternativas para o terminal. “Nossa obrigação é rapidamente desenvolver alternativas para a área”, afirma. E as conversas com Suzano e Eldorado já tinham começado antes mesmo do anúncio da semana passada.

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