A Ford comunicou hoje (20) que fará um corte de 10% de sua mão de obra global. Isso representa menos 7.000 empregos até o fim de agosto. Essa decisão visa uma economia de US$ 600 milhões (cerca de R$ 2,46 bilhões) por ano.
Os efeitos dessa reestruturação atingirão o Brasil. A fábrica da companhia em São Bernardo do Campo terá suas portas fechadas. Também haverá corte de pessoal em outras filiais como, por exemplo, o recente desligamento de 160 trabalhadores em Taubaté, interior paulista.
Hoje o presidente executivo da Ford Jim Hackett, escreveu em um e-mail que ocorrerão demissões voluntárias e congelamento de novas vagas. Uma média de 2.300 funcionários sofrerá com as novas medidas nos Estados Unidos.
“Para ter sucesso em nossa indústria competitiva e posicionar a Ford para vencer em um futuro de rápidas mudanças, precisamos reduzir a burocracia, capacitar gerentes, acelerar a tomada de decisões, focarem o trabalho mais valioso e cortar custos”, disse Hackett no e-mail.
Todos esses cortes acontecem com a iniciativa de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, em dar prioridade ao impulsionamento dos empregos no setor automobilístico. A Casa Branca não quis comentar sobre os cortes na Ford.
Os cortes atingem também Europa, China, a América do Sul e outros mercados internacionais.Os gerentes sofrerão um corte de 20% segundo Hackett isso reduzirá a burocracia e irá agilizar a tomada de decisões.
Os funcionários da Ford terão alguns dias ainda para se despedir, pois todo esse processo será concluído até o dia 24 de maio. Isso demonstra o posicionamento da Ford como uma empresa familiar. Na GM os funcionários foram notificados para saírem de forma imediata.
As 14 camadas organizacionais da Ford serão reduzidas para 9. Hackett disse que a equipe de desenvolvimento de produtos criou uma nova equipe de arquitetura e teste de veículos, um novo grupo de engenharia de sistemas e garantia de projeto e expandiu os investimentos futuros em multimídia, software, eletrificação e outras áreas.