Natura eleva previsão de sinergia anual com Avon para até US$ 300 milhões


Estimativa anterior era de US$ 150 milhões a US$ 250 milhões A Natura informou nesta segunda-feira que elevou as estimativas de sinergias anuais da fusão com a Avon, cujo processo de incorporação foi concluído na semana passada. A empresa brasileira de cosméticos prevê agora que os negócios combinados com a Avon geram sinergias de US$ 200 milhões a US$ 300 milhões ao ano. Anteriormente, a empresa previa uma faixa entre US$ 150 milhões a US$ 250 milhões. Com Avon, Natura redesenha produção na América Latina
Novo CEO da Natura &Co comandou aquisição da Avon
Na sexta-feira, as ações fecharam com alta de 2,87% após o anúncio de incorporação da Avon e do presidente da Natura & Co, empresa formada após a compra da companhia americana, Roberto Marques. Além da nomeação de Marques como principal executivo global, a Natura nomeou executivos para comandar a posição de presidente para América Latina da Natura & Co, as operações da Avon no mundo (excluindo América Latina), a The Body Shop na região e a Aesop no Brasil.
Análise das ações
O banco UBS informou hoje que colocou o preço-alvo e a recomendação das ações da Natura sob análise, à espera de mais informações sobre a incorporação da Avon. Até agora, o banco suíço estabeleceu preço-alvo de R$ 27 por ação da Natura e recomendação de venda. Segundo os analistas do UBS, os anúncios feitos pela companhia na sexta-feira, quando informou a conclusão da incorporação da Avon e a nova estrutura organizacional, foram surpresas positivas, que foram bem recebidas pelo mercado. De acordo com os analistas, a estrutura de capital ficou mais forte do que era esperada.
O banco afirma que temia que a Natura tivesse que trabalhar em uma recuperação difícil e dispendiosa após a aquisição, mas que a decisão do fundo de investimentos Cerberus (o fundo detinha 16,6% das ações da Avon Products) de converter suas ações preferenciais em ações da Natura fortalece a estrutura de capital da empresa e oferece flexibilidade financeira para a próxima reestruturação operacional e de dívida.
O UBS também avalia que a nova estrutura anunciada, com Roberto Marques à frente da companhia global, é um híbrido de modelos regionais e de negócios com funções e responsabilidades claras, o que maximiza a capacidade de ganhos com sinergias.
Entre os riscos possíveis para a empresa, o UBS destaca os fatores macroeconômicos, como a volatilidade do câmbio e a capacidade de crescimento do consumo, que depende dos níveis de emprego e do acesso a linhas de crédito. O banco também destaca que a concorrência com outras companhias de venda direta tem se intensificado. Mais em https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/01/06/natura-eleva-previsao-de-sinergia-anual-com-avon-para-ate-us-300-milhoes.ghtml