Fatores determinantes para o sucesso do e-commerce no Natal

A pandemia do novo coronavírus ampliou a aquisição de produtos e serviços por meio das lojas virtuais.  Segundo a Ebit|Nielsen, no primeiro semestre deste ano, o e-commerce brasileiro registrou sua maior alta em 20 anos – uma elevação de 47% ante ao mesmo período do ano anterior, o que significa R$ 38,8 bilhões em vendas. Esse crescimento recorde tem ligação ao aumento de 40% no número de adeptos do e-commerce no Brasil, chegando a 41 milhões de pessoas.

Na data da Black Friday (27/11), o e-commerce a alcançou um crescimento 24,8% em comparação ao mesmo dia de 2019, consolidando seu faturamento em R$ 3,1 bilhões. Foram 4,6 milhões de pedidos (+15,7%), com um ticket médio de compra de R$ 679 (+7,8%). E o Natal também deve ser seguir essa tendência de sucesso.

Apesar do segmento ser a bola da vez no país, garantir seu espaço no mundo virtual requer planejamento e estratégia bem definidos. “Sem dúvida, nesse período, empresários com lojas físicas viram uma oportunidade para abrir sua loja virtual, seja nas redes sociais ou em marketplaces, atendendo seus clientes em duas frentes bastantes distintas”, pondera a especialista em marketing digital e em profissionalização de departamentos de marketing Luciana Duarte, que lidera o movimento X500 ao lado de Fernando Cartier.

De acordo com Luciana, parte desses empresários vem realizando suas vendas online de forma manual, ou seja, atendendo os pedidos via direct, chat e pelas plataformas digitais como Instagram e Facebook. “Essa maneira simplificada de negócio pode inviabilizar um crescimento por parte dessa loja, uma vez que a capacidade de venda vai depender do atendimento manual e que inicialmente acaba sendo de uma pessoa”, pondera.

Por isso, a especialista recomenda que para a abertura de um e-commerce seja feito um planejamento de curto, médio e longo prazo, implementando um modelo de negócios que explore todas as possibilidades do negócio digital, com chances de expansão no futuro.

“O e-commerce exige investimentos como uma loja física, independentemente se for na rede social, no marketplace ou com loja virtual própria. O empresário precisa ter um controle de estoque, cadastrar os produtos e ter uma estratégia de marketing para promoção desse canal de vendas”, explica Luciana.

Além disso, caso tenha uma loja física, o empresário precisa também unificar os sistemas para que não ocorra problemas na experiência do usuário na compra online. Isso significa investir em tecnologia de automação para que controle de vendas em tempo real e de estoque.

Por fim, Luciana ressalta que a competição no e-commerce vem crescendo, uma vez que os consumidores estão cada vez acostumados em consumir no mundo virtual. “Assim, se o empresário não se estruturar e não promover seu negócio e uma boa experiência de compra a seu cliente, dificilmente, ela se manterá por muito tempo nessa onda”.