Rotina pesada dos caminhoneiros dificulta ato de preservar vida saudável e balanceada
Muitos hábitos que fazem mal à saúde são mantidos para a execução mais ágil e próspera das entregas de longo e curto prazo dos caminhoneiros. Por conta disso, é importante se atentar a doenças silenciosas, que podem mostrar sintomas apenas em suas fases já avançadas. Confira as cinco principais.
1 – LER (lesões por esforço repetitivo)
Também chamada de DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), trata de um conjunto de doenças que afeta membros superiores, músculos, nervos e tendões, provocando inflamações, formigamento, fadiga muscular ou até mesmo redução na amplitude do movimento.
Algumas das principais doenças de LER são: tendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo e mialgias.
Com alto nível de estresse, rotina pesada e movimentos monótonos e cansativos na vida dos caminhoneiros, o LER pode causar até perda de tendões ou de movimentos.
2 – Lombalgia
Uma das principais doenças dos carreteiros é a lombalgia, conhecida popularmente como dor nas costas. Ela pode ocorrer após muitas horas de trabalho, sem muitas pausas para descanso, em que os motoristas passam ao volante em bancos não ergonômicos e, geralmente, sem apoio para pescoço, braços ou pernas.
Ela ainda pode ser agravada em caminhoneiros com sedentarismo. Por conta disso, alongamentos e exercícios dos bíceps, tríceps e quadríceps podem ajudar a evitar a lombalgia a longo prazo.
3 – Diabetes
O diabetes é uma doença caracterizada pela elevação ou redução da glicose no sangue, causando hipoglicemia (baixo nível de açúcar) ou hiperglicemia (excesso de açúcar), ou até mesmo a morte. Ela pode surgir devido a uma falha na insulina, que mantém o controle no sangue do açúcar ingerido através dos alimentos.
Por passar a maior parte do tempo dirigindo, os motoristas (principalmente, de caminhões) estão sujeitos a terem sua segurança comprometida, além dos altos riscos de acidente, devido aos sintomas do diabetes, como desequilíbrio, perda de coordenação motora, tontura, visão embaçada, entre outros.
4 – Hipertensão
Conhecida como pressão alta, a hipertensão eleva a pressão sanguínea pelas artérias do corpo. Ou seja, ela faz com que o coração tenha de exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído de forma equilibrada no corpo.
Entre as causas da hipertensão estão: consumo de bebidas alcoólicas ou remédios, fumo, obesidade, sedentarismo, estresse, consumo elevado de sal, níveis altos de colesterol, diabetes e sono inadequado – todas consequências de uma vida sobrecarregada do trabalho de motorista de caminhão.
Entretanto, um dos maiores problemas da hipertensão é que os usuários da doença só costumam perceber a dispersão dela em níveis muito elevados, sem poder evitar ou tratar antes do óbito.
Seus principais sintomas são dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.
5 – Colesterol
O colesterol é uma categoria de gordura (lipídio) encontrada naturalmente em nosso organismo. O corpo usa o colesterol para produzir hormônios, vitamina D e ácidos biliares, que ajudam na digestão das gorduras.
O aumento do colesterol pode acontecer devido à troca de refeições saudáveis por lanches gordurosos nos postos e nas estradas durante as viagens.
Como 70% do colesterol é fabricado pelo nosso próprio organismo, no fígado, quando o aumento do colesterol atinge níveis muito altos, pode haver um aumento do fígado, do baço e sintomas de pancreatite. Dependendo do nível do colesterol, é possível causar até um acidente vascular cerebral (AVC).
Alguns alimentos que podem causar o aumento do colesterol são: gema de ovo, bacon, carne de frango com pele, torresmo, manteiga, creme de leite e nata, frituras, salsicha, salame, linguiça e carnes de animais.
No caso de todas as doenças citadas vale a auto-observação, para perceber se alguma mudança ocorreu no corpo, e também o check-up anual no médico, afinal o remédio mais eficaz é a prevenção e o diagnóstico precoce.
(fonte: istock)