Dentre 120 países e 79 bolsas espalhadas pelo mundo, o real teve a segunda maior valorização em relação ao dólar no primeiro trimestre de 2022, enquanto o Ibovespa também teve o segundo melhor desempenho.
Em relação à moeda, o real só perdeu para para o kwanza, da Angola, e nosso principal índice ficou atrás apenas do equivalente à bolsa do Zimbábue.
Os motivos? O mercado brasileiro riu à toa com o forte fluxo de investimento estrangeiro, já que somos grandes produtores de commodities, além de termos os bancos — menos vulneráveis à inflação e aos juros — como outro setor de peso.
Por falar no Ibovespa e no dólar, ontem, o índice teve queda de 0,24%, agora aos 121.280 pontos, enquanto o dólar caiu 1,29%, cotado a R$ 4,61.
Corte nos impostos em 2022
Chutar esse número é difícil, mas, se quiser tentar, já avisamos: o volume foi grande. Nos três primeiros meses deste ano, foram reduzidos pelo menos 6 tributos, chegando a R$ 57,5 bilhões.
Dentre os cortes já anunciados — que incluem de reduções a isenções —, estão…
- Os impostos sobre produtos industrializados;
- Sobre operações de crédito, câmbio e seguro;
- Alíquotas de PIS e Cofins sobre diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene;
- Os impostos de importação sobre itens de cesta básica, etanol e bens de informática;
- Alíquotas sobre motos aquáticas — os famosos jet-skis — e balões;
- Imposto de renda para investidores estrangeiros.
“Por que reduzir e isentar impostos?” O objetivo é duplo:
I – Aquecer a economia;
II – Desacelerar a inflação.
Como assim:
Os produtos que você compra têm impostos embutidos. Com menos tributos, eles ficam mais baratos e você fica mais aberto a comprá-los. Por outro lado, esse aquecimento não significa um aumento da inflação num primeiro momento — que nada mais é que a alta de preços.
Na prática, nesses casos, a população deixou de pagar os tributos, ou pagou menos, enquanto o governo passou a arrecadar menos dinheiro.
Mas nada que impactou: Essas medidas foram realizadas em meio a recordes de arrecadação — em janeiro e fevereiro, a arrecadação alcançou R$ 386,3 bilhões, alta anual de quase 13% —, mas, nos próximos anos, elas podem impactar no Orçamento.
Ao diminuir os impostos, o governo estimula a economia sem criar novas despesas. O alerta surge para o médio prazo, se as arrecadações caírem do patamar atual.
Fonte: The News
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