Natura &Co registra crescimento das vendas em moeda constante e melhoria da rentabilidade no 1T

Forte crescimento de Natura &Co América Latina e da Aesop;
Avo Internacional registra desempenho positivo na categoria de beleza

SÃO PAULO, 9 de maio de 2023 - Atualizado - — Natura &Co (NYSE – NTCO; B3 – NTCO3) apresentou desempenho resiliente no primeiro trimestre de 2023, com crescimento das vendas em moeda constante, e uma melhora das margens de lucro.

Natura &Co registrou receita líquida consolidada de R$ 8 bilhões, uma alta de 3,4% em moeda constante (-2,8% em reais), impulsionada pelo sólido crescimento de Natura &Co América Latina e da Aesop, também em moeda constante. A margem bruta foi de 67,7%, um aumento de 370 pbs ante o 1T-22, e a margem EBITDA ajustada foi de 10,5%, em alta de 330 pbs frente ao mesmo período do ano passado, refletindo a melhora das margens de Natura &Co América Latina e da Avon Internacional, além de uma queda de 36% nas despesas da Holding. O prejuízo líquido foi de R$ 652,4 milhões, em melhora sequencial na comparação com o trimestre anterior e em linha com o registrado no mesmo período de 2022 (-R$ 643,2 milhões). O grupo encerrou o trimestre com uma sólida posição de caixa de R$ 4 bilhões.

Fábio Barbosa, CEO do Grupo Natura &Co, afirmou: “O desempenho de Natura &Co no primeiro trimestre está em linha com nossos planos e nossas comunicações anteriores, na medida em que os números do 1T mostram sólida melhora tanto na margem bruta quanto na margem EBITDA ajustada, enquanto a companhia continua a colocar em prática importantes mudanças estruturais em seu portfólio, focando em simplificar sua estrutura e melhorar sua estrutura de capital.

Excluindo a Aesop, o 1T-23 mostrou forte melhora na rentabilidade, principalmente devido à expansão da margem bruta em todas as unidades de negócio e a um contínuo controle de custos, que foram parcialmente neutralizados por uma queda nas vendas da The Body Shop, da Avon na América Latina e, em menor grau, da Avon Internacional. A expansão da margem bruta neste trimestre se deve à manutenção do aumento de preços e a um mix mais favorável, mais do que compensando o ambiente inflacionário que continuamos a atravessar. Por conta da sazonalidade normal do negócio, o consumo de caixa no primeiro trimestre foi alto, conforme o planejado, e a gestão do capital de giro foi impactada pela formação de estoques para o segundo trimestre, bem como por mudanças relacionadas à integração das marcas Natura e Avon na América Latina. Do ponto de vista da receita, o destaque permanece para a marca Natura, que vem mantendo o forte desempenho do ano passado, com as vendas da Natura no Brasil crescendo 25%, puxadas por volume e por um forte crescimento de produtividade.

Logo após o fechamento do trimestre, Natura &Co anunciou marcos importantes, que são transformacionais para o futuro do grupo. Primeiro, o grupo anunciou que havia firmado um acordo vinculante para vender a Aesop à L’Oréal por um valor de US$ 2,525 bilhões (sujeito às aprovações regulatórias habituais). Além disso, em abril tivemos nosso primeiro dia de integração total entre Natura e Avon no Peru como parte da Onda 2, com as forças de venda das duas marcas completamente integradas, e compartilhando da mesma experiência. Já a The Body Shop anunciou que estava iniciando seu novo capítulo, com Ian Bickley assumindo como CEO interino após a saída de David Boynton do cargo.

Nossa agenda de sustentabilidade também mostrou avanços importantes, com melhoras significativas no uso de ingredientes renováveis ou naturais e de fórmulas biodegradáveis. Natura &Co também lançou seu terceiro Relatório de Equidade Salarial, mostrando que mantivemos nossa meta de igualdade de representação, com 52,7% de mulheres em cargos de liderança (diretoria e acima) em Natura &Co.

Enquanto 2023 continua se configurando como mais um ano desafiador, nossas prioridades estratégicas estão claras, e os primeiros resultados nos dão a confiança de que estamos no caminho certo. Acreditamos que a redução maciça da dívida líquida da empresa, combinada a margens EBITDA mais fortes, decorrentes das melhorias operacionais dos negócios, e aliada ao nosso foco incansável em conversão de caixa, vai pavimentar o caminho para uma forte geração de caixa nos próximos anos, nos permitindo fazer importantes investimentos em nossas prioridades de negócio, e gerando valor para nossos acionistas.”

Desempenho por unidade de negócio
As vendas líquidas de Natura &Co América Latina cresceram 9% em moeda constante e 2,4% em reais. O crescimento em moeda constante foi impulsionado pela alta de duplo-dígito da marca Natura, que avançou 25,1%, enquanto a marca Avon caiu 9,8%, também em moeda constante. A Natura apresentou forte impulso, com crescimento de 24,9% no Brasil, sustentado pelo aumento de preços e por um melhor mix, e por uma alta de 20,4% na produtividade das consultoras no 1T. Nos países hispânicos, a receita líquida cresceu 25,5% em moeda constante, puxada por Argentina e Colômbia, mesmo em meio a um ambiente desafiador na região. A marca Avon no Brasil permaneceu amplamente estável ante o mesmo período do ano passado (-0,6%) no 1T. O segmento de Beleza continuou a crescer, com vendas em alta de 5,6%, enquanto a categoria de Moda e Casa caiu 18%, em linha com nossa estratégia de otimização de portfólio. Nos mercados hispânicos, a receita líquida caiu 14,8% em moeda constante (-22% em reais). O desempenho foi bom na Argentina, mas impactado por quedas no México e no Chile. A categoria de Beleza permaneceu amplamente estável em moeda constante, enquanto a produtividade das representantes nesse segmento cresceu mais de 20% na comparação anual. A margem EBITDA ajustada cresceu sólidos 400 pbs, para 13%. A margem se beneficiou da forte melhoria da margem bruta e das eficiências em SG&A da marca Avon no Brasil, mesmo com a marca Natura continuando a investir em marketing e inovação.

A receita da Avon Internacional caiu 7,5% em moeda constante (-12,8% em reais). A queda continua a refletir a situação na Ucrânia; excluindo esse fator, as vendas em moeda constante caíram 4%. A região TMEA mostrou crescimento ano a ano, enquanto a Europa Ocidental registrou um desempenho ligeiramente melhor. A digitalização está avançando, e o uso de ferramentas digitais alcançou 30,4% entre as representantes, ante 21,9% no primeiro trimestre do ano passado. A margem EBITDA ajustada foi de 6,1%, alta de 170 pbs, impulsionada por uma expansão de 480 pbs da margem bruta, graças ao aumento dos preços e ao mix de produtos, combinados a um foco contínuo em economias de transformação.

A receita líquida da The Body Shop no primeiro trimestre caiu 9,4% em moeda constante (-16,5% em reais). O difícil ambiente macroeconômico, particularmente no Reino Unido e no restante da Europa Ocidental, continuou a impactar as vendas no varejo, enquanto o The Body Shop At Home, canal de venda direta, seguiu em declínio. A margem EBITDA ajustada foi de 6,1%, uma queda de apenas 30 pbs na comparação interanual, graças ao retorno da margem bruta a um território positivo, subindo 50 pbs para 78,6%, combinada a um estrito controle de custos e a ganhos de eficiência. Com o novo CEO, a administração vai trabalhar para refinar o atual plano de negócio da The Body Shop e sua agenda de transformação, enquanto continua a priorizar rentabilidade e recuperação da conversão de caixa.

A Aesop registrou novamente outro trimestre de crescimento de duplo dígito em moeda constante, em alta de 16,8% (9,2% em reais). Todas as regiões entregaram crescimento de duplo-dígito, apesar do ambiente desafiador. As vendas de fragrâncias cresceram mais do que o dobro das vendas gerais, em linha com a estratégia de diversificação de categorias da Aesop. A margem EBITDA ajustada do primeiro trimestre foi de 18,5%, uma queda de 320 pbs, refletindo principalmente os investimentos planejados para entregar crescimento sustentável. Na sequência do anúncio da venda da marca para a L’Oréal, cujo fechamento está previsto para o terceiro trimestre deste ano, a Aesop foi classificada como operação descontinuada.

Sobre Natura &Co
Natura &Co é um grupo global guiado por propósito, multicanal e multimarca, que inclui Avon, Natura, The Body Shop e Aesop. Natura &Co registrou receita líquida de R$ 36,3 bilhões em 2022. As quatro companhias que formam o grupo estão comprometidas com a geração de impacto econômico, social e ambiental positivo. Há 137 anos, a Avon tem apoiado o público feminino: oferecendo produtos de beleza inovadores e de qualidade, que são vendidos principalmente para mulheres, por mulheres. Fundada em 1969, a Natura é uma multinacional brasileira do segmento de cosméticos e higiene pessoal, líder em venda direta. Criada por Anita Roddick em 1976 em Brighton, na Inglaterra, The Body Shop é uma marca global de beleza que busca fazer diferença positiva no mundo. A marca australiana de beleza Aesop foi fundada em 1987 e é conhecida por criar produtos para a pele, cabelo e corpo com atenção meticulosa aos detalhes.

FONTE Natura &Co

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