O especialista padre Licio de Araujo Vale aborda a dor dos que ficam, a visão das religiões em relação ao suicídio e, em um capítulo corajoso, o suicídio de ministros religiosos.
O suicídio é um problema sério no Brasil e no mundo. Em nosso país, pelo menos 38 pessoas se matam diariamente, mas, muitas vezes, o assunto não vem à tona, porque as famílias ainda consideram tabu, já que o processo do luto pelo suicídio é bem mais difícil. Em seu livro “E foram deixados para trás – Uma reflexão sobre o fenômeno do suicídio”, o padre Licio de Araujo Vale, um dos maiores especialistas no assunto do país, aborda a dor dos que ficam, a visão das religiões em relação ao suicídio e, em um capítulo corajoso, o suicídio de ministros religiosos.
As religiões têm abordagens diferentes sobre o assunto, e, para mostrar essas visões, foram ouvidos líderes religiosos de várias vertentes, como líderes de religiões de matrizes africanas, católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus, espíritas, entre outros especialistas.
Outra passagem interessante do livro apresenta os passos que devem ser dados com o intuito de prevenir um suicídio. Memorize o acrônimo ROC: risco – o primeiro passo é a própria suspeita do risco de uma pessoa vir a se matar; ouvir – o segundo passo é ouvir com atenção e respeito, sem julgar, sem recriminar nem se apressar em preleções morais ou religiosas; conduzir – o terceiro passo é conduzir a pessoa até um profissional de saúde mental, ou seja, não ficar paralisado.
O livro “E foram deixados para trás” é um exercício de atenção para o problema muito sério que é o suicídio, e nada melhor que ter o trabalho de um especialista em suicidologia, como o padre Licio de Araujo Vale, para mostrar o caminho para confortar as famílias e os amigos em luto por um suicida e, principalmente, identificar sinais e agir para evitar o problema.
Sobre o autor – Licio de Araujo Vale é filósofo formado pela PUC-SP. Qualificado em Suicídio e Automutilação pela UNIPAR, especializado em Prevenção ao Suicídio pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pesquisador sobre luto e valorização à vida, educador, escritor e palestrante.
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