AFP
Secretário mexicano afirma que negociação de amplo tratado de livre comércio com o Brasil dependerá da solução deste impasse
O governo mexicano se disse surpreso com o pedido do Brasil de renegociar um acordo automotivo binacional, disse nesta terça-feira o secretário de Economia mexicano, Bruno Ferrari, que alertou que a negociação de um amplo tratado de livre comércio com o Brasil dependerá da solução deste impasse.
"Dependemos disso, veremos o que acontecerá adiante para ver como será a relação comercial com este país", disse Ferrari em coletiva de imprensa.
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse na semana passada que os presidentes Felipe Calderón, do México, e Dilma Rousseff concordaram, por telefone, em renegociar os termos do acordo que permite acesso aos automóveis mexicanos, diante de um grande déficit comercial para os brasileiros.
"Tudo o que aconteceu com a questão dos automóveis de fato foi surpreendente", admitiu Ferrari, que esclareceu que as autoridades das duas nações conversaram, mas não há nenhum compromisso formal, nem por escrito.
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Uma delegação mexicana partiu nesta terça-feira ao Brasil para ouvir as mudanças de seus colegas em matéria automotora, antecipando uma reunião prevista para o fim do mês para avançar na negociação de um amplo acordo comercial que as duas principais economias da América Latina marcaram em novembro de 2010.
México e Brasil mantêm desde 2002 um acordo que permite a importação de automóveis, peças e peças de veículos com redução de impostos.
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O intercâmbio comercial entre as duas nações chega aproximadamente a US$ 8,5 bilhões, 40% do qual corresponde ao setor automotor.
Com uma produção de 2,5 milhões de unidades, o México é o segundo fabricante de automóveis da América Latina, depois do Brasil e o principal exportador de veículos da região.