Singapore Airlines corta capacidade em cargas em 20%

Reuters

Desaquecimento da economia levou a demanda menor e os combustíveis mais caros pressionaraqm a rentabilidade da empresa

A Singapore Airlines (SIA) cortou em 20% a sua capacidade de transporte de carga, já que o desaquecimento da economia levou a uma demanda menor e os combustíveis mais caros fizeram pressão sobre a rentabilidade.

Na semana passada, a Cathay Pacific, maior companhia de transporte aéreo de carga do mundo, previu que esse setor continuará fraco no primeiro semestre antes de começar a melhorar no segundo.

A demanda em baixa também afetou o transporte marítimo de carga, um termômetro do comércio mundial. A Neptune Orient Lines, sexta maior do mundo, anunciou nesta quarta-feira em Cingapura um prejuízo líquido de US$ 320 milhões no quarto trimestre, maior do que se esperava.

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"A demanda por carga no último ano tem sido muito fraca. Companhias aéreas ainda estão operando as frequências de carga um pouco altas e os volumes vêm caindo há algum tempo", disse o analista Andrew Orchard, do RBS.

"Vinte por cento é muita coisa. A SIA viu o seu negócio de cargas aguentar mais do que o de algumas concorrentes, como algumas companhias aéreas chinesas. Então, é um pouco surpreendente que tenham tomado uma medida tão drástica", acrescentou.

A SIA Cargo, que opera 12 unidades do Boeing 747-400, disse que as reduções de capacidade entraram em vigor recentemente e continuarão na próxima estação, que começa no fim de março.