Empresários do maior complexo portuário da América do Sul participarão de mesas redondas durante Santos Export para pontuar as principais questões e definir diretrizes para aprimorar as operações dentro e fora do porto. Evento acontece nos dias 13 e 14 de agosto no Casa Grande Hotel, em Guarujá.
Programado para a semana que vem, de 13 a 14 de agosto, no Hotel Casa Grande, no Guarujá, o Santos Export – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos propõe uma discussão inédita sobre os desafios para o desenvolvimento do porto de Santos.
Em uma das mesas redondas programadas para a próxima terça-feira especialistas e empresários se concentrarão na discussão do atual momento e das tendências para o futuro do maior porto da América do Sul, considerando temas como a desburocratização do sistema portuário, o novo custo Brasil, os próximos arrendamentos, os novos terminais e os negócios do Porto de Santos, entre outras questões. O jornalista George Vidor, comentarista econômico da Globo News, será responsável pela mediação do encontro nesta mesa-redonda em particular. “Participei da edição do Santos Export do ano passado e aprendi muito. É uma oportunidade ímpar, pois reúne no mesmo ambiente autoridades públicas do transporte das esferas federal, estadual e municipal. Este ano poderemos fazer um balanço do que foi feito do ano passado para cá, e o que ainda é preciso fazer”, sugere.
Para ele, a transformação pela qual passou o setor portuário nos últimos anos é inquestionável, mas muito ainda precisa ser feito para igualar os índices de eficiência e de produtividade com os portos mais importantes do mundo. “Parte desses avanços depende de investimentos dos operadores, da autoridade portuária, mas também de obras de infraestrutura locais, estaduais e até federais, que facilitem os acessos e a interconexão com outros modais de transporte. Questões de legislação e de regulação igualmente são necessárias”, analisa.
Vidor acredita que o momento é ideal para o investimento na modernização da dinâmica portuária. “A economia passa por um momento de acomodação, o que de certa forma é interessante, pois não teríamos infraestrutura para suportar um crescimento mais forte. Além disso, o mundo todo está andando de lado. O importante é que consigamos aproveitar essa folga para promover investimentos que pavimentem um novo ciclo de crescimento mais intenso. Esses investimentos, obviamente, devem contemplar o sistema portuário”.
Desburocratização – Wagner Biasoli, Diretor-Presidente da Libra Terminais, que também participa da mesa redonda, sugere que sejam discutidas as principais necessidades do porto de Santos, a saber, os gargalos de infraestrutura; a desburocratização dos processos; e a falta de autonomia financeira e operacional para as autoridades portuárias. “O sistema portuário em Santos é muito burocratizado. A eficiência da logística sofre com a demora das decisões operacionais e administrativas. Há, no entanto, algumas iniciativas que visam melhorar esta realidade, como por exemplo, o projeto Porto sem papel implantado pela secretaria de Portos da Presidência da República no ano passado”, diz.
Entretanto, Biasoli divide com o poder público a responsabilidade pelo aprimoramento da dinâmica portuária. “Acreditamos que as próprias empresas podem agilizar parte de processos por meio de padronização de informações, investimento em logística e redução de custos operacionais. A Libra Terminais está investindo no Porto de Santos R$ 550 milhões que vão permitir duplicar a capacidade de movimentação para 1,4 milhões de TEU/ano, sobretudo por conta da unificação dos seus terminais num único berço de atracação com mais de 1,7 km”.
O executivo colocará em discussão no Santos Export temas como A desburocratização do sistema portuário; desafios do marco regulatório e a estratégia nacional para a área portuária, e os novos terminais e os novos negócios do Porto de Santos.
Acessos terrestres – Já o presidente do Tecondi, Luis Opice, terá como meta no Santos Export 2012 discorrer mais sobre os assuntos abordados nas questões anteriores. “A principal questão que prejudica o porto santista, e que precisa ser enfrentada com rigor e urgência, é o problema ligado aos acessos terrestres. O lado bom de estar passando por uma desaceleração do comércio exterior, e por decorrência disso queda nos resultados do Produto Interno Bruto, é que a pressão exercida sobre nossa infraestrutura é bem menor”, afirma.
Opice destaca que a continuidade da dragagem dos portos brasileiros é outro fator de crucial importância para a manutenção dos níveis de competitividade dos complexos portuários locais. “Além disso, é necessário melhorar a interligação de todos os agentes econômicos e fiscalizadores que militam nos portos e que atuam no fluxo de importação e exportação. Todas essas questões de interrupções sejam por reivindicações salariais, de sobreposição de poderes ou de falta de mão de obra disponível ligados aos agentes fiscalizadores acabam influindo no fluxo natural da carga”.
Essas e outras questões diretamente relacionadas ao potencial do desenvolvimento competitivo do porto de Santos serão a pauta do Santos Export -Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos, que acontece nos dias 13 e 14 de agosto, no Hotel Casa Grande, no Guarujá.
Sobre o Santos Export
Em sua décima edição, o Santos Export é considerado pelo mercado o principal fórum sobre o tema no País em função do alto nível de debate que produz e pelos especialistas que atrai. E, em 2012, além de debater as questões pontuais do cais santista, o evento promoverá ainda uma viagem internacional na qual, empresários e autoridades poderão conhecer, in loco, portos da capital inglesa.
Serviço:
SANTOS EXPORT 2012 – Fórum Internacional para Expansão do Porto de Santos
13 de agosto de 2012 – Solenidade de abertura às 18h
14 de agosto de 2012 – Fórum das 8 às 18hs
Casa Grande Hotel (Av. Miguel Stéfano, 1001 – Guarujá- SP)