Banda de Rodagem adequada ajuda transportadoras a economizarem. Na hora da recapagem, atentar para o tipo de desenho dos pneus é essencial para unir segurança e economia

Os pneus, novos ou reformados, representam um dos maiores custos para transportadoras de cargas e de passageiros. Na hora de reformar os pneus, diminuir custos continua sendo um desafio para muitos empresários do setor. Porém, com alguns cuidados e um pouco de conhecimento sobre recapagem, o desafio pode se transformar em economia, principalmente quando o assunto é banda de rodagem.

A Banda de Rodagem é o que dá tração, frenagem, dirigibilidade, capacidade de dispersão de água e quilometragem satisfatória para os veículos. Se na hora da recapagem a banda que corresponde ao pneu reformado não for escolhida corretamente, a banda perderá todas as características para o qual foi destinada.

“O transportador deve consultar um reformador de confiança e se atentar ao tipo de desenho que o pneu foi fabricado para que, durante a reforma do mesmo, esta banda traga condições de operação igual ou melhor que antes”, explica o técnico comercial da NSA Pneutec, Espedito Medeiros.

Para o técnico comercial, toda banda tem sua dimensão especificada e o pneu terá de ser raspado dentro desta dimensão para que seja a banda certa para o pneu certo. É neste ponto que o frotista deve se atentar. “Quando uma banda é colocada errada, este pneu pode apresentar desgastes irregulares, baixa quilometragem, aumento no consumo de combustível e provável perda da carcaça, aumentando o custo do transportador no final”, afirma.

Caso a banda de rodagem escolhida não seja a correspondente ao tipo de desenho do pneu, é possível que alguns problemas surjam no decorrer de um frete ou outro, como: derrapagem, perda da carcaça por uso incorreto da banda, dificuldade de locomoção em aclives, além de baixa frenagem e dispersão da água em dias de chuva.

Além disso, o diretor geral da NSA Pneutec, Giulio Cesar Claro, dá um exemplo comum no dia a dia da reformadora. ”Quando se escolhe banda, alguns frotistas preferem as que têm mais profundidade. Nem sempre esta escolha é a correta.

Um fato que ocorre, quando há falta de conhecimento, é o frotista escolher uma banda mais alta, porém, esta é mais pesada, gasta mais combustível, agride mais a carcaça e proporciona menos reformas”, diz.

Para Claro, seria como uma pessoa magra comprar uma camisa GG somente porque vem mais pano. “Esta sensação de vantagem é altamente prejudicial ao cliente.
O que ele ganha em rendimento, perde mais de 10 vezes em consumo de combustível, além das compras de pneus novos. Reformar preserva o bolso e o meio ambiente”, completa.

Como escolher a banda de rodagem correta?

Hoje o transportador tem consciência de que precisa fazer a escolha certa, mas não abre mão de qualidade e preço do produto, assim como compreende que se não transportar com qualidade, pode perder o frete para a concorrência e, caso não faça a escolha certa, pode aumentar seus custos, pois perderá a carcaça e sua conta aumentará no final.

Por isso, antes de escolher a banda de rodagem é necessário levar em consideração: percurso, velocidade e carga transportada, analisando se o veículo seguirá por trechos curtos ou longos, tipos de solos, além dos períodos de parada e arrancadas.

De acordo com informações da Borrachas Vipal, parceiro e fornecedor das bandas de rodagem da NSA Pneutec, alta velocidade e longas distâncias geram mais calor, o que exige um pneu adequado a essas condições. Este certamente não será o mesmo pneu a ser utilizado no transporte urbano de passageiros, em que o veículo freia e arranca o tempo todo e que, por isso, pede outro tipo de produto.

Diante deste cenário, o primeiro passo para fazer a escolha correta da banda é:

– Verificar se os profissionais da reforma de pneus são treinados e preparados para lidar com as dúvidas dos clientes

– Checar se a banda de rodagem é auditada, ou seja, se está dentro dos critérios de segurança exigidos pelos órgãos regulatórios

– Avaliar se a empresa responsável pela reforma passou pelos controles do INMETRO e ISO.

Com isso em dia, é partir para conhecer alguns dos tipos de bandas de rodagem utilizadas e para quais finalidades elas são indicadas:

– Radial Tração: para transporte de carga ou de passageiros em rodovias e estradas pavimentadas, que exijam longos períodos de viagem.

Bandas: VRT-1 ,VRT-2 e VT-120L (lançamento),

-Radial Direcional/Carretas:

Bandas: VEL-B, VL110L e VLW

– Urbano: para transporte de passageiros em coletivos em estradas ou fora de estrada, como pavimentos vicinais e de montanhas.

Bandas: DVUM3-B.

– Radial Rodoviário Passageiros: para transporte de passageiros em rodovias

Bandas DVRM e VL100.

-Radiais Misto: para uso severo em obras e terraplenagem e transporte em estradas em má conservação, com pavimentos em condições difíceis

Bandas: VM500-B e VT500-b

– Diagonal: para pneus convencionais direcionais

Bandas: VDT e VHW

– Passeio: destinado para carros e vans

Bandas: VP430L e VP400