Rumo reverte prejuízo e lucra R$ 229 milhões

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A concessionária de ferrovias e terminais portuários Rumo registrou lucro líquido de R$ 228,6 milhões no terceiro trimestre, alta de 194,2% na base anual. O resultado refletiu a melhora operacional e a evolução do resultado financeiro, além da queda do custo médio da dívida. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado positivo foi de R$ 136 milhões, revertendo prejuízo de R$ 201,1 milhões no mesmo intervalo de 2017.

É a primeira vez desde que houve a fusão entre a América Latina Logística (ALL) e Rumo, em 2015, que a empresa registra lucro no acumulado do ano. Salvo algum revés no quarto trimestre, a companhia encerrará o ano no azul.

“Tudo indica que vamos caminhar para um bom ano. Tem bastante safra para transportar. Novembro parece que será bastante bom também”, disse ao Valor o presidente da Rumo, Júlio Fontana Neto.

Os dados, afirmou ele, demonstram “que estamos em um processo grande de recuperação”, processo que combina a virada operacional desde que a empresa assumiu a malha da ALL, a redução de custos e a forte safra de soja no trimestre.
A receita líquida da Rumo avançou 13,8% no trimestre, para R$ 1,87 bilhão. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 18,9%, para R$ 952,6 milhões, com margem de 50,7%, avanço de 2,2 pontos percentuais.

Como o endividamento recuou e o Ebitda cresceu, a alavancagem medida pela dívida líquida sobre o Ebitda melhorou. Encerrou setembro em 2,3 vezes ante 2,6 vezes em junho.

O volume de cargas transportado pela Rumo na ferrovia cresceu 15,2% no terceiro trimestre na comparação anual, para 16,1 bilhões de TKUs (tonelada por quilômetro útil). A forte alta foi impulsionada pela safra recorde de soja que ampliou o período de exportação do grão, compensando a menor produção de milho em alguns estados.

Também no trimestre houve aceleração do ritmo de produção de fertilizantes na Operação Norte (corredor composto pelas malhas Norte e Paulista e que liga Rondonópolis, no Mato Grosso, a Santos, em São Paulo). A carga vem ampliando a contribuição para o resultado total transportado nos trilhos da concessionária. Além disso, houve crescimento no transporte de produtos industriais, sobretudo de celulose e contêineres, também na Operação Norte.

Fonte: Valor Econômico
Data: 09/11/2018