Saldo da balança comercial soma US$ 27 bilhões até junho

De janeiro a junho de 2019, a corrente de comércio alcançou US$ 194,661 bilhões

A balança comercial brasileira registrou, no primeiro semestre de 2019, um total de exportações de US$ 110,896 bilhões, o que representa queda de 1,8%, pela média diária, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as importações somaram US$ 83,765 bilhões, um aumento de 0,8%, pela média diária, sobre o mesmo período de 2018 (US$ 83,801 bilhões).

De janeiro a junho de 2019, a corrente de comércio alcançou US$ 194,661 bilhões, o que significa queda de 0,7% sobre o mesmo período anterior (US$ 197,619 bilhões). O saldo comercial está em US$ 27,130 bilhões, valor 8,9% inferior, pela média diária, ao alcançado em igual período do ano passado (US$ 30,017 bilhões).

Resultado mensal

Em junho, as exportações foram de US$ 18,047 bilhões e as importações, US$ 13,027 bilhões, com saldo comercial de US$ 5,019 bilhões, valor 4,2% inferior, pela média diária, ao alcançado em igual período de 2018, US$ 5,789 bilhões. Em relação a junho de 2018, as vendas externas tiveram retração de 0,8%, e em maio de 2019, a queda  foi de 1,7%, pela média diária.

Sobre igual período do ano anterior, as importações apresentaram crescimento de 0,5%, e de 0,7% sobre maio de 2019, pela média diária. No período, a corrente de comércio alcançou valor de US$ 31,074 bilhões, queda de 0,3%, pela média diária, em relação a junho de 2018.

Tabela: Balança comercial brasileira – Junho de 2019 (US$ milhões FOB)*

*Jun/19: 19 dias úteis. Jun/18: 21 dias úteis. Mai/19: 22 dias úteis.
Fonte: Secretaria de Comércio Exterior/Ministério da Economia. Consulte os dados completos da balança comercial brasileira.

Exportações

Em junho, foram exportados principalmente produtos básicos, que totalizaram US$ 9,570 bilhões. Os bens manufaturados chegaram a US$ 6,022 bilhões, no mesmo período, e a venda de semimanufaturados foi de US$ 2,455 bilhões. Em relação ao primeiro semestre de 2018, cresceram as vendas de produtos básicos (10,7%) e diminuíram as exportações de manufaturados (-7,2%) e semimanufaturados (-6,8%).

Tabela: Exportações por categorias – Comparativo entre junho de 2019 e junho de 2018 (US$ milhões FOB)

No grupo dos básicos, na comparação com o mesmo período do ano passado, cresceram as vendas principalmente de milho em grãos (1.040%), carne suína (141,2%), carne bovina (108,8%), carne de frango (94,8%) e minério de ferro (37,7%). Nos manufaturados, quando comparadas com junho de 2018, diminuíram as vendas principalmente de aviões (-54,3%), máquinas e aparelhos para terraplanagem (-27,4%), autopeças (-24,9%), laminados planos de ferro e aço (-23,8%), motores para veículos e partes (-19,9%), veículos de carga (-13,1%), óxidos e hidróxidos de alumínio (-13,0%) e automóveis de passageiros (-9,8%).

No mesmo comparativo, entre os semimanufaturados, caíram as vendas principalmente de semimanufaturados de ferro ou aço (-28,7%), couros e peles (-27,8%), zinco em bruto (-15,6%), açúcar em bruto (-12,2%) e celulose (-12,2%). No acumulado de janeiro a junho de 2019, tiveram crescimento as vendas externas de produtos básicos (4,8%) e semimanufaturados (0,4%), enquanto que diminuíram as vendas de bens manufaturados (-4,7%).

Com relação à exportação de produtos básicos, houve aumento de receita com embarques de algodão em bruto (126,4%), milho em grão (103,2%), carne suína (31,6%), carne bovina (19,5%), petróleo em bruto (19,1%), carne de frango (18,7%), café em grãos (17,3%). Entre os semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de ferro fundido (38,7%), ouro em formas semimanufaturadas (16,6%), semimanufaturados de ferro e aço (11,6%), ferro-ligas (10,5%), madeira serrada ou fendida (8,7%). No grupo dos manufaturados, houve retração principalmente em: veículos de carga (-43,6%), automóveis de passageiros (-35,1%), aviões (-21,4%), plataforma para extração de petróleo (-15,4%), autopeças (-14,8%), suco de laranja não congelado (-10,2%) e óxidos e hidróxidos de alumínio (-9,4%).

Por mercados compradores, decresceram as vendas para o Mercosul (-33%), sendo que para a Argentina os embarques diminuíram 41,1%, por conta de automóveis de passageiros, veículos de carga, tratores, autopeças, óleos combustíveis, máquinas e aparelhos para terraplanagem, máquinas e aparelhos para uso agrícola, laminados planos de ferro/aço, chassis com motor para automóveis, polímeros plásticos).

Para a União Europeia, as exportações estão em queda. No semestre, a retração chega a 12,6%, por conta de plataforma para extração de petróleo, minério de ferro, celulose, óleos combustíveis, minério de cobre, soja em grãos, farelo de soja, tubos de ferro fundido, máquinas e aparelhos para terraplanagem. Por outro lado, no semestre, cresceram as vendas para a Oceania (52,7%); Oriente Médio (27,3%); América Central e Caribe (17,2%); Estados Unidos (15%) e Ásia (5,6%).

No acumulado do ano até junho, os principais países de destino das exportações foram:

China, Hong Kong e Macau (US$ 31,816 bilhões);
Estados Unidos (US$ 14,959 bilhões);
Argentina (US$ 5,156 bilhões);
Países Baixos (US$ 4,291 bilhões); e
Alemanha (US$ 2,552 bilhões).

Importação

Em junho, cresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (13,1%) e de bens de capital (10,3%), enquanto diminuíram as compras de bens de consumo (-12,2%) e bens intermediários (-0,3%). No acumulado janeiro a junho de 2019, quando comparado com igual período anterior, houve crescimento em bens de capital (+5,4%) e bens intermediários (+1,9%) e retração nas compras de bens de consumo (-6,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,9%).

De janeiro a junho de 2019, quando comparado com igual período anterior, houve crescimento em bens de capital (+5,4%) e bens intermediários (+1,9%) e retração nas compras de bens de consumo (-6,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,9%).

Por mercados fornecedores, no semestre, aumentaram as compras originárias da África (12,4%), Ásia (10,4%), Oriente Médio (9,7%), Mercosul (4,7%) e Estados Unidos (2,4%). Em relação ao primeiro semestre de 2018, caíram as importações originárias da América Central e Caribe (-23,3%), União Europeia (-9,8%) e Oceania (-2,2%).

Os principais países de origem das importações no semestre foram:

China, Hong Kong e Macau (US$ 18,267 bilhões);
Estados Unidos (US$ 13,786 bilhões);
Argentina (US$ 5,305 bilhões);
Alemanha (US$ 4,953 bilhões); e
Coreia do Sul (US$ 2,426 bilhões).

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