Dólar opera em queda, no patamar de R$ 4,12

Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,23%, a R$ 4,1425.

“alignright wp-image-21454″ src=”http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385-300×243.jpg” alt width=”349″ height=”283″ srcset=”http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385-300×243.jpg 300w, http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385-768×623.jpg 768w, http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385-1024×830.jpg 1024w, http://www.cargonews.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_191545385.jpg 1180w” sizes=”(max-width: 349px) 100vw, 349px”>O dólar abriu em queda nesta quinta-feira (6), com os investidores de olho na turbulência em mercados emergentes e avaliando os números da pesquisa de intenção de votos do Ibope, divulgada na noite de quarta-feira (5).

Às 9h02, a moeda norte-americana recuava 0,%, vendida a R$ 4,1196. Veja a cotação.

Na véspera, o dólar fechou em queda de 0,23%, a R$ 4,1425, após ter chegado a R$ 4,418 na máxima da sessão. Na semana e no mês, a moeda acumula alta de 1,73% e no ano, de 25%.

Novo patamar e perspectivas

A recente disparada do dólar, que voltou a romper a barreira dos R$ 4 após 2 anos e meio, acontece em meio às incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.

Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado e comprometidos com a agenda de reformas e ajuste das contas públicas.

As incertezas e o nervosismo geram maior demanda por proteção em dólar, o que pressiona a cotação da moeda. Importadores, empresas com dívidas em dólar e turistas preocupados passam a comprar mais dólares também e contribuem para elevar o preço da moeda norte-americana.

Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.

A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar e que o mercado ficará testando novas máximas até achar um novo piso ou até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 foi elevada de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar, segundo boletim Focus divulgado na segunda-feira (3) pelo Banco Central. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,70 por dólar.

Em agosto, a retirada de dólares da economia brasileira superou o ingresso de recursos em US$ 4,250 bilhões, segundo dados do Banco Central. Essa foi a primeira saída de divisas do país desde março deste ano, ou seja, em cinco meses. No acumulado do ano, ainda há ingresso US$ 24,17 bilhões.

Os analistas destacam, contudo, que embora todas as moedas de países emergentes estejam sendo fortemente desvalorizadas, o Brasil se encontra em melhor situação em razão dos mais de R$ 382 bilhões em reservas e que, até o momento, não tem sido observada falta de liquidez ou fuga de dólares do país.