Fonte / Noticias Automotivas
Assim como a Audi, a Porsche inicia sua caminhada pelos combustíveis sintéticos com a construção de uma fábrica sustentável no Chile, que produzirá metanol sintético para uso de seus carros de corrida Porsche Mobil 1 Supercup de 2022, inicialmente.
A ideia é posteriormente converter 40% da produção de metanol em gasolina sintética para os carros comuns. O complexo fica no sul do Chile e está sendo construído em parceria com a Siemens, chamado Projeto Haru Oni.
Para 2022, a capacidade será de 220.000 litros de metanol, mas em 2024 alcançará 55 milhões de litros e 550 milhões de litros em 2026, com dois quintos disso como gasolina sintética.
A estimativa da Porsche é que a iniciativa reduza em até 90% a emissão de CO2 e a fábrica operará de forma sustentável, com um aerogerador fornecendo a energia elétrica.
O processo envolve a captação de CO2 da atmosfera e a eletrólise da água, separando assim oxigênio do hidrogênio, sendo este último usado num processo químico com o dióxido de carbono filtrado do ar.
Esse processo permite a obtenção de metanol sintético, mas pode produzir também querosene (usado na aviação comercial), diesel e gasolina, todos igualmente sintéticos.
A tecnologia surgiu em 1925 e conhecido como processo Fischer-Tropsch, sendo assim uma alternativa para o uso de derivados de petróleo. O Brasil, com sua capacidade eólica enorme nas regiões Sul e Nordeste, reúne condições para um emprego em grande escala dessa tecnologia.
Chamado eFuel, o produto será divulgado através das competições que a Porsche disputar até que as etapas de produção em grande escala ocorra no Haru Oni.
Com isso, a marca alemã fornecerá combustível suficiente para alimentar a frota de carros esportivos, sendo 70% do total produzido em sua história ainda estar rodando, segundo a Porsche.
Após o fim dos carros híbridos plug-in, o combustível sintético ainda moverá por muitos anos os carros existentes e, por fim, poderá produzir até hidrogênio aos veículos futuros.