SISTEMA DE ENERGIA SOLAR DE GRANDE POTÊNCIA: COMO DEFINIR O MODELO DE INSTALAÇÃO

Especialista da Fronius orienta quando usar sistema
centralizado e descentralizado e como manter o custo do sistema baixo

Investir em sistema de energia solar se tornou a
opção, sobretudo para empresas de grande porte e até condomínios, para fugir da
alta constante das tarifas de energia elétrica. Além da escolha dos inversores,
o design da instalação e da rede de cabeamento pode fazer toda diferença no
custo final do projeto. Como definir a escolha? Davi Pereira, especialista
técnico da unidade Solar Energy, da Fronius do Brasil, explica as
peculiaridades de cada tipo de topologia.

O sistema fotovoltaico descentralizado é quando os
inversores são instalados próximos aos módulos fotovoltaicos. A energia em
corrente contínua (CC) gerada pelos módulos a partir dos raios solares é
convertida em corrente alternada (CA) pelo inversor. Nesta topologia de
instalação, como o inversor estar próximo dos módulos, são utilizados menor
quantidade de cabos em corrente contínua, no entanto há maior consumo de cabos em
corrente alternada.

Já no sistema centralizado, os inversores são
instalados próximos ao transformador ou ao distribuidor principal, assim, a
conexão dos módulos ao inversor é feita por meio de caixas combinadoras de
corrente contínua. Neste tipo de projeto, a ligação entre inversores e o
transformador requer muito menos cabos CA em comparação ao sistema
descentralizado, e a ligação de longa distância entre os inversores, caixa
combinadora e os módulos fotovoltaicos é feita com cabos de corrente contínua.

O que considerar no
projeto

A decisão de implementar um sistema de geração própria
de energia fotovoltaica centralizado ou descentralizado depende do tipo de
módulo fotovoltaico e do ponto de conexão e da distância dos pontos de conexão
do inversor até o quadro de energia.

O modelo centralizado traz vantagem significativa em
termos de custo para usinas de grande potência, com módulos solares instalados
em solo, nos locais mais distantes e que ocupam grandes áreas. “Geralmente, em
projetos de sistemas centralizados, quanto maior a distância entre os painéis
solares e o inversor, maior será a economia nos custos de cabos”, afirma Davi
Pereira. Além disso, a perda nos cabos CC é menor do que em cabos CA.  

Para
minimizar ainda mais as despesas com o sistema, seja em projetos com instalação
centralizada ou descentralizada, é preciso considerar, na hora da decisão, além
dos equipamentos e componentes necessários, os eventuais custos de manutenção e
serviços necessários para manter a operação.  

Dependendo
do projeto da usina fotovoltaica, o uso de cabos CA com seção transversal
maior  e a colocação dos inversores em um
único local facilitam a instalação e a manutenção. Segundo
a Fronius, experiências mostram que o uso em larga escala de cabos de 95mm2
pode promover uma economia significativa. Em sistema fotovoltaico de 500kWp,
por exemplo, a redução de custo pode chegar a 1 mil euros ou mais de 5,5 mil
reais. Além disso, a correção de problemas em sistema de cabos com seção
transversal de pequena escala é mais fácil e barata do que instalações com
cabos maiores de 150 a 240mm2, por exemplo.

Entre os
equipamentos fabricados pela Fronius, o Tauro é o inversor que combina a máxima
flexibilidade com o mínimo de custos operacionais. Disponível em duas versões,
o Tauro permite um projeto de sistema descentralizado (com a Versão D) e
centralizado (Versão P). Graças ao design flexível, cada projeto fotovoltaico
pode ser perfeitamente adaptado às condições individuais do local.