Competições já possuem diversas categorias e prêmios em dinheiro aos vencedores
Desde o começo de 2020, a pandemia do COVID-19 trouxe mudanças radicais para muitos esportes, atrasando alguns campeonatos, cancelando outros ou criando abordagens completamente novas para um grupo seleto. Esse foi o caso do automobilismo, que teve suas corridas presenciais canceladas por medidas de segurança, mas que acabou criando uma nova modalidade virtual.
O automobilismo virtual substituiu os carros de verdade por videogames, seja através do jogo oficial de F-1 ou pela plataforma iRacing. Com campeonatos organizados pelos próprios pilotos profissionais, a alternativa democratizou o esporte, pois foi a primeira oportunidade dessas figuras tão famosas das corridas interagirem e até mesmo competirem com fãs que não pilotam de verdade, mas sabem jogar videogame.
Em 2020, foi realizado um grande torneio de F-1 virtual, com participação de vários pilotos titulares como Charles Leclerc (Ferrari), Carlos Sainz (McLaren) e Nicholas Latifi (Williams). Até mesmo o brasileiro Pietro Fittipaldi, atualmente na reserva da Haas, competiu nos circuitos virtuais.
No Brasil, a tendência também não ficou de fora. O Desafio Virtual das Estrelas foi o maior torneio realizado no país, organizado por Enzo Fittipaldi e Eduardo Barrichello como forma de arrecadar dinheiro para auxiliar programas focados no combate ao COVID-19. Reunindo pilotos de F-1, F-2, F-3 e Indy, o campeonato foi transmitido ao longo de cinco etapas e teve mais de 120 mil espectadores, consagrando a modalidade como algo popular e rentável.
Quase um ano se passou desde o primeiro torneio de automobilismo virtual, e o cenário continua positivo. Ainda que tudo seja apenas uma reprodução de um jogo eletrônico, a modalidade consegue fazer sua parte para os anunciantes, então esses torneios estão recebendo cada vez mais patrocínio – algo essencial para ajudar o esporte a crescer mais no ambiente digital.
Não é de agora que as montadoras já enxergam o grande potencial dos games para representar sua marca, afinal, já é possível encontrar as gigantes da indústria automobilística em diversos jogos do gênero. A reprodução dos carros e dos circuitos é fiel, assim como a direção, então a única coisa que muda é o fator “real” da coisa. Não estamos assistindo a alguém jogar videogame, mas, sim, dirigir um carro de automobilismo profissional, com toda a habilidade necessária, só que em uma pista virtual.
Como foi dito anteriormente, a modalidade democratizou o acesso ao esporte, então é uma ótima oportunidade para os amantes de F-1 se integrarem no meio. Basta colocar seu capacete shark, adquirir o equipamento eletrônico certo e ficar ligado nos próximos torneios que virão.
