ONG Artesol compartilha inspiração para quem quer viver o clima dos festejos Julinos

Os meses de junho e julho costumavam transformar as cidades do interior do Brasil em majestosos cenários dos “arraiás” que homenageiam da cultura sertaneja em noites embaladas ao som da sanfona, aquecidas pelo calor da fogueira e aromatizadas pelo cheiro do quentão ou de quitutes como o milho assado. A tradição originalmente portuguesa, com traços culturais franceses, nasceu das festas que celebravam a safra dos agricultores europeus com muita fartura na mesa. No Brasil, os festejos que também homenageiam os santos católicos e incluíram ainda a musicalidade dos trios de forró e as comidas e típicas do Nordeste, onde a festa ganhou fama e identidade.

Foi assim que, ao longo do tempo, essa época do ano ganhou um significado afetivo na memória do povo brasileiro. Pelo segundo ano consecutivo, porém, estamos privados da alegria das quermesses do Brasil. Foi pensando nisso que a ONG Artesol fez uma seleção de peças do artesanato tradicional brasileiro e preparou diversos quitutes para te inspirar a levar a alegria das festas julinas para sua casa em um arraiá com a família.

Para uma decoração original, uma alternativa à toalha de chitão é montar a mesa com uma toalha ou caminho de mesa trançado de fibras naturais, que mostram que até a festa caipira pode ter um toque rústico chique. Use e abuse também do charme das tramas brasileiras em cestarias e peças feitas com as mais diferentes matérias-primas: fibra de buriti, de arumã, de carnaúba, bananeira, cipó e tantas outras. A simplicidade elegante das técnicas de trançado presente nos cestos, balaios e peneiras garante a brasilidade da festa. Elas podem ser usadas para servir espigas de milho, pamonha doce cozida na palha do milho e pipoca e qualquer outra receita de milho, o protagonista absoluto do cardápio.

Invista em cumbucas de cerâmica artesanais para servir porções individuais de canjica, pinhão cozido e curau. Ainda vale investir em um cantinho com os símbolos mais tradicionais da cultura nordestina. O artesanato de Caruaru, por exemplo, é um ícone. É de lá que vem os famosos trios nordestinos, cangaceiros, retirantes e dançarinos de xaxado que representam tão bem a estética nordestina. Eles são moldados no barro a partir da tradição criada por Mestre Vitalino, um dos maiores artistas populares da nossa história, que ficou conhecido por criar figuras inspiradas nas crenças populares, no cotidiano, nos rituais e no imaginário da população do sertão brasileiro.

Depois da mesa montada, é só colocar o baião na vitrola e entrar no clima. Olha a chuva! É mentira!

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